9No meio jornalístico, constata-se que tudo o que é veiculado tem um fortíssimo impacto sobre a população. A mensagem transmitida é extremamente assimilada pelos espectadores, que têm a opinião moldada a partir disso – que querendo ou não, acabam absorvendo a opinião do transmissor (no caso, o jornalista).

Mas já os suicídios são casos à parte, diferenciados. Existe um certo tipo de convenção profissional extra-oficial (quase como um código que ninguém fala sobre mas que todos sabem que existe) que determina: suicídios não devem ser noticiados.

O suicídio é posto à margem da ação jornalística por se tratar de um ato extremamente íntimo e individual. Se os suicídios começassem a ser notícia, a imprensa teria que começar a investigar a vida do falecido e expor sua vida íntima. Algo como “Ele se matou porque foi traído pela esposa”, ou “Ela tirou a própria vida por estar muito endividada”, coisa que não seria nada legal para a imagem do falecido e da família.