Na quinta-feira, 8, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o quinto estudo clínico com uma candidata à vacina contra Covid-19 no Brasil. Trata-se do antígeno desenvolvido pela empresa biofarmacêutica Medicago R&D Inc, sediada no Canadá, em parceria com empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK), de Londres, no Reino Unido.

O aval permite que o antígeno seja aplicado em até 3.500 pessoas de cinco estados mais o Distrito Federal. São eles: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A aplicação das duas doses com intervalo de 21 dias prevê a participação de voluntários do sexo masculino e feminino a partir de 18 anos de idade, de populações étnicas e racialmente diversas. Gestantes não podem participar da análise.

O coordenador científico da análise é a interface brasileira de empresa Syneos Health, que fica localizada na região do Itaim Bibi, na capital paulista.

A nova vacina a ser aplicada — em teste — nos braços dos brasileiros tem uma tecnologia inovadora. Seu método de desenvolvimento é baseado em plantas, especificamente a Nicotiana benthamiana — uma espécie relacionada ao tabaco. A ideia é usar as células vegetais  como biorreatores para produzir um material que imita parte dos o Sars-Cov-2, deste modo, o sistema imune de quem receber o antígeno desencadeará uma resposta à doença.

As farmacêuticas, porém, não deram prazos definidos para iniciar as agulhadas nos participantes brasileiros.