Papa Francisco segura bandeira ucraniana enviada da cidade de Bucha, ao norte de Kiev. 06/04/2022

Em entrevista publicada na terça-feira, 2, o papa Francisco afirmou ao jornal italiano Corriere Della Sera que aguarda há mais de dois meses uma resposta de Moscou sobre um possível encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. De acordo com o pontífice, diplomatas do Vaticano enviaram uma mensagem aos russos cerca de três semanas após a invasão à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro.

“Eu estava disposto a ir a Moscou. Ainda não recebemos uma resposta e continuamos insistindo”, disse Francisco. “Temo que Putin não possa e não queira ter esta reunião neste momento. Mas como você pode não parar com tanta brutalidade?”.

Apesar de declarar constantemente sua intenção de visitar a Ucrânia, tendo até mesmo beijado uma bandeira do país, o papa ressaltou que, “primeiro, tenho que ir a Moscou”.

“Primeiro tenho que conhecer Putin. Faço o que posso. Se Putin ao menos abrisse uma porta…”, disse ao jornal. Apesar de não mencionar diretamente a Rússia ou o presidente Vladimir Putin, o pontífice tem criticado os ataques militares na Ucrânia, caracterizando a ofensiva como “agressão injustificada” e “invasão”.(VEJA)

RK