Um homem apontado como líder do tráfico na região do Calabar e do Alto das Pombas e que era o principal fornecedor de drogas no Carnaval foi preso nesta quinta-feira (9) pela manhã em um condomínio de luxo de Guarajuba, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A prisão foi conduzida pela Coordenação de Narcóticos do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), que comanda a Operação Garrote.

O delegado Alexandre Galvão diz que a polícia monitorava o traficante, que já fez parte do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP), havia dois anos. Outras nove pessoas foram presas em vários pontos  de Salvador, cumprindo mandados de prisão – Alto das Pombas, Calabar, Parque São Cristovao; “Os alcançamos onde eles estavam”, diz o delegado.

“Tivemos um longo processo de maturação dessa operação, que nos permitiu fazer com que nove pessoas fossem presas hoje, nenhuma delas gravemente feridas, ou mesmo com confrontos que viessem a trazer fatalidade. Uma operação muito longa, feita por várias mãos, temos diversos delegados trabalhando nela”, afirma Galvão. “Foi uma operação muito exitosa. Logrou-se conseguir o grande objetivo, que era a prisão desse grande atacadista, e com índice de letalidade zero”.

A investigação continua, destaca o delegado. “A deflagração dessa operação nas vésperas do Carnaval tem um impacto muito grande, em razão da capacidade desse indivíduo em fornecer entorpecentes para áreas próximas ao circuito. Certamente isso irá redundar em escassez no fornecimento, o que trará mais tranquilidades aos foliões”, diz, afirmando que o preso é “um velho conhecido da polícia”, com várias passagens.

O acusado também é apontado como responsável por assassinatos, como mandante. “Temos diversos indícios, contundentes, que levaram à decretação da prisão dele, que dão conta que ele seria mandante de vários homicídios”, diz o delegado Galvão. “Havia um antagonismo dele com a família Floquet, e em razão disso pelo menos dois Floquet morreram nos últimos 18 meses”, acrescenta.

A prisão dele terá grande impacto, acredita o delegado. “Com esse indivíduo preso, acreditamos que vai haver uma perda de comando da associação gerida por ele. Ele é um atacadista. Obviamente para defender os pontos em que faz comercialização, utiliza os meios tradicionais do tráfico, ou seja, a eliminação”, diz. A polícia ainda investiga o caminho que a droga fazia até chegar ao suspeito.

RK