Sete gols, quebra de recorde, resultado embolando a tabela, viradas, expulsão, estes foram apenas alguns elementos da espetacular vitória do Barcelona sobre o Real Madrid por 4 a 3, no estádio Santiago Bernabéu, em clássico válido pela 29ª rodada do Campeonato Espanhol. No próximo dia 16 de abril, O Real Madrid busca a revanche contra o Barcelona na final da Copa do Rei. Só quem tem Esporte Interativo e Esporte Interativo Plus vai assistir ao jogaço.
O confronto entre dois dos maiores gigantes do futebol mundial foi eletrizante desde os primeiros minutos. Iniesta colocou os visitantes na frente, mas Benzema se aproveitou de duas jogadas de Di María nas costas de Daniel Alves para virar. Messi, igualou nos minutos finais.
Na segunda etapa, o árbitro Alberto Undiano Mallenco resolveu pedir passagem e influir no resultado. Primeiro, errando em pênalti a favor do Real, convertido por Cristiano Ronaldo. Depois, marcando outra falta dentro da área, em Neymar, que no mínimo, foi duvidosa, e que ainda provocou a expulsão de Sergio Ramos. O camisa 10 do Barça cobrou e fez.
Faltando menos de 10 minutos, em nova cobrança de pênalti, desta vez originada em falta de Xabi Alonso em Iniesta, Messi cobrou, decretou a virada, e se consolidou ainda mais como artilheiro isolado do Superclássico, com 21 gols.
Com o resultado, o Real Madrid termina a rodada na segunda colocação na tabela, atrás do Atlético de Madrid. As duas equipes estão com 70 pontos, mas os ‘Colchoneros’ levam a melhor pelo desempenho no confronto direto. O Barcelona já aparece logo atrás, com 69 pontos.
O Superclássico deste domingo foi marcado por homenagem ao ex-presidente espanhol Adolfo Suárez, que morreu neste domingo aos 81 anos. Além do minuto de silêncio em memória ao político, os jogadores dos dois times ostentaram uma fita negra no braço.
Outro lembrado antes do apito inicial foi o meia-atacante Jesé, que no meio de semana sofreu grave lesão em duelo contra o Schalke 04. Os jogadores do Real entraram em campo com camisa que desejava “ânimo” o companheiro.
Na véspera do clássico, Carlo Ancelotti já tinha confirmado o time titular, então não houve surpresas. Carvajal foi para o jogo no lugar de Arbeloa na lateral direita. Mais a frente, Bale, Cristiano Ronaldo e Benzema formaram o poderoso trio de ataque ‘blanco’.
Para o Superclássico, Gerardo Martino confirmou escalação idêntica a utilizada no duelo com o Manchester City, na volta das oitavas de final da Liga dos Campeões, que foi vencido por 2 a 1. Messi e Neymar formaram dupla de ataque, municiados por Fàbregas.
Com a bola rolando, as estratégias ficaram claras. O time da casa apostava em CR7 conduzindo a bola pela esquerda. Os visitantes se postavam compactamente na defesa, em busca do contra-ataque. Assim nasceu a primeira finalização do jogo, aos 3 minutos, com Messi lançando Neymar, que bateu fraco para defesa de Diego López.
Três minutos depois o Barça chegou de novo, mas desta vez a bola morreu no fundo das redes. Em saída rápida, o camisa 10 argentino recebeu na intermediária e lançou com precisão para Iniesta na esquerda. Sem titubear, o meia fuzilou o goleiro do Real para abrir o placar do clássico.
A resposta do Real veio aos 12 minutos. Agora caindo na esquerda, enquanto Cristiano Ronaldo ficava mais centralizado, Di María fez a festa na defesa do time catalão e passou para Benzema, que encheu o pé, mas finalizou por cima do gol defendido por Valdés.
Apesar do susto, quem mandava no jogo era o Barcelona. Aos 18, Messi acionou Neymar, que tentou marcar com leve toque. Marcelo, com um carrinho, conseguiu bloquear o chute, e depois sofreu falta do compatriota.
Em seguida, os visitantes voltaram a sofrer com a habitual incapacidade de lidar com o jogo aéreo adversário, e apesar do domínio sofreram duro golpe. Após cruzamento da esquerda de Di María, Benzema ganhou no alto de Mascherano e testou para o fundo das redes, igualando o clássico.
O segredo para marcar estava escancarado. Aos 23, a jogada saiu de novo nas costas de Daniel Alves, com Marcelo acionando Di María, que cruzou na medida para Benzema. Desta vez o camisa 9 usou a coxa para dominar e o pé direito para fuzilar, decretando a virada no placar.
A dupla formada pelo meia argentino e pelo atacante francês continuava infernal. Aos 26, Piqué em cima da linha salvou após chute de Benzema. Enquanto isso, o Barça parecia na lona, sem forças para conseguir reagir.
Quando o jogo ia para o intervalo com vantagem madrilenha, Messi reapareceu. Aos 43, o argentino passou para Neymar, e recebeu de volta quando Carvajal bloqueou chute do brasileiro. O camisa 10 então fuzilou López e empatou, marcando seu 19º gol sobre o Real, se tornando assim o maior artilheiro isolado do clássico.
Fugindo do seu estilo “tranquilão”, Messi mostrou fúria e provocou a torcida do time madrilenho, o que desagradou os jogadores rivais. Houve empurra-empurra na área, que rendeu cartões amarelos do árbitro Alberto Undiano Mallenco para Pepe e Fàbregas.
O segundo tempo do clássico desde o início foi tão eletrizante quanto a etapa inicial. Aos 6 minutos, Bale deu passe na medida para Benzema, em posição duvidosa, invadir a área e concluir, parando na defesa de Valdés.
A pressão do Real teve auge dois minutos depois, quando Cristiano Ronaldo disparou pela esquerda, e na hora de driblar Daniel Alves, caiu devido a toque do brasileiro. A arbitragem se confundiu, sem ver que a falta aconteceu fora da área, e marcou pênalti.
Alheio ao erro, o craque português mostrou categoria habitual na cobrança, batendo forte à direita de Valdés, recolocando o time da casa na frente. Esse foi o gol de número 243 de CR7 com a camisa do Real, que se isolou na quarta posição entre os maiores artilheiros do clube, deixando o húngaro Férenc Puskas para trás.
A história do jogo, no entanto, começou a mudar aos 17 minutos da etapa complementar, quando Messi deu bela enfiada para Neymar – em posição duvidosa – receber e desabar após contato com Sergio Ramos, o que gerou muita reclamação entre os jogadores do Real, até porque o defensor acabou expulso de maneira direta.
Na cobrança do pênalti, o camisa 10 do Barcelona também mostrou categoria, para bater com categoria à esquerda de Diego López, igualando novamente o placar, anotando o sexto gol do espetacular duelo.
Com um homem a menos na linha defensiva, o técnico Carlo Ancelotti optou por tirar Benzema e fazer a recomposição com o zagueiro Varane. Aos 23 minutos da etapa complementar, Neymar deixou o gramado para dar lugar a Pedro, que já se aquecia antes do pênalti.
A vantagem numérica fez o Barcelona ficar mais atrevido. Tanto é que aos 28 minutos, Daniel Alves recebeu livre na intermediária e resolveu chutar, acertando a trave do Real Madrid, em lance que deixou mudo o torcedor ‘blanco’ por alguns instantes.
Aos 38, não houve silêncio na maior parte das arquibancadas do Santiago Bernabéu, mas o barulho foi de protesto, quando o árbitro marcou pênalti de Xabi Alonso em Iniesta. De novo, Messi correu para a bola e fez explodir a pequena torcida ‘blaugrana’ no estádio. Festa que se repetiu com o apito final de Mallenco.
Ficha técnica:.
Real Madrid: López; Carvajal, Pepe, Sergio Ramos e Marcelo; Xabi Alonso, Modric (Morata) e Di María (Isco); Bale, Cristiano Ronaldo e Benzema (Varane). Técnico: Carlo Ancelotti.
Barcelona: Valdés, Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e Fábregas (Sánchez); Messi e Neymar (Pedro). Técnico: Gerardo Martino.
Árbitro: Alberto Undiano Mallenco, auxiliado por Roberto Díaz Pérez del Palomar e Jesús Calvo Guadamuro.
Gols: Benzema (2) e Cristiano Ronaldo (Real Madrid); Iniesta e Messi (3) (Barcelona).
Cartões amarelos: Di María, Pepe, Xabi Alonso e Cristiano Ronaldo (Real Madrid); Fàbregas e Busquets (Barcelona).
Cartão vermelho: Sergio Ramos (Real Madrid).
Estádio: Santiago Bernabéu, em Madri (Espanha).
Dia 16 de abril, Barcelona x Real Madrid na final da Copa do Rei é só no Esporte Interativo.