:: fev/2014
Especialistas alertam para aumento do fenômeno e avisam: “quanto antes se detectar, mais fácil prevenir”
No Brasil, estima-se que haja uma média de 25 suicídios por dia. Uma tentativa aumenta em 50% a chance de uma segunda investida. E mais de 90% dos casos estão ligados a problemas de saúde mental. Como se fala muito pouco sobre o assunto — salvo quando um caso como o do músico Champignon ganha as manchetes — os indícios do suicídio, considerado um tabu social, são mal conhecidos.
“Entre 1980 e 2010, oficialmente 195.607 pessoas se suicidaram no Brasil, o equivalente a três bombas atômicas como a de Hiroshima”, contabiliza o o sociólogo Gláucio Soraes, professor e pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da UERJ, em artigo publicado na Revista Inteligência em edição de junho de 2012. “Ainda que condenado por muitas religiões, produto de desvios tenebrosos da nossa alma, o suicídio recebe menos atenção do que os eventos catastróficos”.
A única forma de evitá-lo é adotar estratégias de prevenção e, para isso, é preciso conhecer os sinais.
“Estão envolvidos em uma tentativa de suicídio os fatores predisponentes, como genética, psiquismo do indivíduo, círculo social, ambiente familiar e até religião. E os precipitantes, aqueles fatores que motivaram o ato”, diz José Manoel Bertolote, autor do livro “Suicídio e sua Prevenção” (Editora Unesp) e especialista em psiquiatria da Unesp em Botucatu.
Mas 90% dos casos de suicídio estão atrelados a algum problema de saúde mental, como depressão, transtornos de personalidade, alcoolismo, abuso de drogas, bipolaridade ou esquizofrenia, entre outros.
“Quem fala não faz” é um mito comum sobre o suicídio. A maioria dos suicidas dá sinais claros de que vai se matar. “São praticamente anúncios. Normalmente os mais jovens são mais diretos. Eles verbalizam claramente, ou avisam pelas redes sociais, por email. Já os mais idosos são mais sutis. Eles se despedem distribuindo posses”, diz Bertolote.
Há também os sinais indiretos, que precisam ser decodificados. Um tipo de sinal, neste caso, é começar a colocar a vida em risco, como abusar de álcool e drogas, dirigir de forma irresponsável, brincar com armas de fogos perigosas. São os chamados suicidas passivos.
Para Karen Scavacini, gestalt terapeuta e mestre em saúde pública de promoção de saúde mental e prevenção ao suicídio, outro mito é relacionado ao tabu que cerca o tema:perguntar se a pessoa pensa em se suicidar não a induzirá ao ato. Ao contrário, falar sobre o assunto pode salvar muitas vidas. “Se você ficou desconfiado diante dos sinais, pergunte a ela: ‘você está pensando em se matar?’ Faça então um encaminhamento desta pessoa. Não precisa ser só para o psicólogo ou para o psiquiatra. Pode ser para o padre, o diretor da escola, o agente comunitário, o bombeiro”, aconselha Karen.
Um estudo realizado pela Unicamp detectou que, no Brasil, 17 de 100 pessoas pensam seriamente em se matar. Com o silêncio que cerca o tema, a abordagem do suicídio como problema de saúde pública ainda engatinha. “Não existe no País saúde pública que dê conta deste fenômeno. A Estratégia Nacional de Prevenção continua até hoje no papel. O médico da unidade básica deveria ser o primeiro a detectar indícios”, diz.
Na Europa, as taxas de suicídio estão diminuindo porque a prevenção funciona. Já nos Estados Unidos foi lançada a campanha “Amigo bravo é melhor que amigo morto”, para incentivar os jovens a não manterem segredo e contarem o que sabem sobre as intenções dos colegas. “No Brasil, simplesmente não se fala no assunto”, completa Karen.
Mudança brusca
A voluntária do CVV Adriana Rizzo, que dedica quarto horas por semana para ouvir e aconselhar pessoas que pensam em se matar, diz que mudanças bruscas de comportamento são as principais pistas que o suicida dá. “Eram pessoas muito tímidas e, do nada, ficam muito agitadas. Também acontece uma retirada da vida social, um isolamento, ou abuso de álcool e drogas“, alerta.
Além da mudança de personalidade, ligue o alerta quando notar grande alteração alimentar ou de sono, sentimento de desvalor e desesperança. Pessoas que tiveram perdas recentes, como mortes, divórcio, histórico familiar de suicídio ou que tiveram diagnóstico de doença grave, fazem parte do grupo de risco.
O quanto antes se detectar, mais fácil prevenir. “Bem como intervir em crises”, conta a voluntária Adriana. “O nosso trabalho é oferecer atenção e conversar com a pessoa sobre um assunto que ela quer dividir e não consegue, pois se sente julgada, criticada. Ao desabafar e compartilhar o que está lhe afligindo, ela se sente valorizada. A gente procura a entender por que ela quer desistir de viver. Para o copo não transbordar, ela precisa esvaziar o que está sentindo antes”.
Ambivalência
Nem todo suicida quer morrer, apenas quer mudar a situação. Todo suicida é ambivalente: uma hora ele quer, na outra não. De acordo com Bertolote, isso explica porque muitas vezes, quando o suicida fez uso de um método letal e está à beira da morte, bate o desespero e ele se arrepende.
Tanto para quem convive com um suicida em potencial ativo, que toma objetivamente a decisão, quanto para quem vive com um passivo, que adota comportamento abusivo em busca de um “acidente”, o conselho mais importante é não ignorar qualquer sinal. Leve a sério as ameaças e tome providências para ajudar a pessoa em risco. “O tratamento dos transtornos mentais é a primeira intervenção. Isso porque a maioria dos suicidas têm um transtorno como depressão, alcoolismo ou esses dois males associados”, diz Bertolote.
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Vídeo: tarada, Aline ataca casal lésbico e beija Clara e Vanessa no BBB
Esse povo do BB14 está mesmo soltinho. Na festa “Pirata” que aconteceu no sábado (15), rolou beijo triplo e lésbico. Aline, sem conseguir nada com Slim mesmo após de ter se insinuado várias vezes para o rapaz, resolveu atacar o casal homossexual da casa, Clara e Vanessa. A duas estavam se esfregando dentro de uma jaula, quando Aline se pendurou na grade e gritou “abusem de mim, pelo amor de Deus”. As garotas prontamente atenderam ao pedido da ruivinha que não só foi abusada, como partiu pra cima do casal e beijou as duas. O negócio foi quente… Assista:
bandido morre em troca de tiros após assaltar policial
Um policial militar à paisana chegava à sua residência com o filho de quatro anos no Bairro Leolina de Sá, em Guanambi, quando foi abordado por um homem armado, na noite deste sábado (16). Com o cano do revólver na barriga da criança, o bandido o ameaçou e acabou levando a carteira do policial.
Assim que o assaltante fugiu, a vítima solicitou reforço e passou a persegui-lo. Ao perceber a perseguição, o marginal deflagrou tiros e tentou se esconder no interior de uma construção: houve o revide e o acusado foi baleado. Uma guarnição da PM que chegou de imediato chegou a acionar o socorro, mas quando a equipe do SAMU chegou ao local, o homem já estava morto.
As informações são do site Sudoeste Bahia.
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Vídeo: facção ‘invade’ show de pagode
A postagem do vídeo de um show de pagode no bairro de Saramandaia desencadeou troca de ofensas e ameaças de morte entre supostos integrantes das facções criminosas CP (Comanda da Paz) e PCC (Primeiro Comando da Capital), em Salvador.
O vídeo com 3min e 24seg mostra o trecho em que a banda de pagode canta uma música em que o refrão faz referência ao grupo CP. Nas imagens é possível ver e escutar as pessoas gritando “Uh é Caveirão… uh, uh é Caveirão”.
Na descrição da postagem no youtube o autor identifica “Caveirão” como sinônimo de PCC e manda o recado: “Breve Salvador todo Caveirão. Todas as favelas unidas, só paz. O fim da CP está próximo. Lugar de verme é na puta que pariu!”.
Logo abaixo ele escreve a letra de uma música que, de acordo com as postagens, é cantada pelos ‘soldados’ do exército do PCC: “Caveirão bolado qual é sua missão? Invadir as Alemanha e deixar CP no chão. Caveira bolado o que é que você faz? Pego os CP e mando pro satanás Caveira bolado qual é o salve? 1533!”.
Para os integrantes da facção, o numeral 1533 representa a ordem das letras P.C.C no alfabeto: P(15); C(3); C(3) = PCC. Para o C.P eles utilizam o algarismo 315.
Os comentários que seguem na postagem demonstram os bairros em que os grupos atuam. Eles ainda trocam ofensas e ameaças de morte. “Lugar de caveirinha é no cemitério. Bala, fogo, bomba e faca na caveira. O comando é da C.P 3315 na desgraça”, comenta um suposto integrante da facção que recebe o apoio: “O bagulho é CP na desgraça. Porra nenhuma, suburbana em peso é CP, nunca vai ser caveira”.
O vídeo surge no momento em que a guerra entre as facções começa a se acirrar. Nos últimos dias os conflitos registrados em Cosme De Farias, Bairro da Paz, Mata Escura e Pau Miúdo deixou o saldo de quatro crianças mortas. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) não confirmou a atuação dos dois grupos rivais em bairros de Salvador.
A reportagem do Bocão News tentou manter contato com a produção da banda de pagode que aparece no vídeo, mas os números estavam na caixa de mensagem.
Veja o vídeo: