lula13Documento faz a ressalva de que tal investigação deve ter parcimônia

O último relatório da Polícia Federal afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser investigado, “com parcimônia”, por causa de  um “possível envolvimento em práticas criminosas”. O documento, revelado durante a 23ª fase da Operação Lava-Jato, deflagrada nesta segunda-feira (22), coloca sob suspeita o financiamento de obras do Instituto Lula feita pela Odebrecht.

Na concepção da Polícia Federal, cerca de R$ 12,4 milhões foram gastos na obra. Depois de analisar documentos apreendidos na empreiteira, a polícia identificou a sigla IL como Instituto Lula. E afirmou: “Em relação à anotação “Prédio (IL)” e ao valor a ela referido de R$ 12.422.000,00 – a composição desse valor foi feito da seguinte maneira: três vezes o valor de R$ 1.057.000,00 (3.171.000,00), acrescidos dos valores de R$ 8.217.000,00 e 1.034.000,00 –, a Equipe de Análise consignou ser possível que tal rubrica faça referência ao Instituto Lula”.

Ainda segundo o relatório, a Odebrecht teria ainda teria pago os custos de outras propriedades do ex-presidente: “Assim, caso a rubrica “Prédio (IL)” refira-se ao Instituto Lula, a conclusão de maior plausibilidade seria a de que o Grupo Odebrecht arcou com os custos de construção da sede da referida entidade e/ou de outras propriedades pertencentes a Luiz Inácio Lula da Silva”.

Por meio de uma nota, o Instituto Lula refuta as acusações: “O Instituto Lula (IL) foi fundado em agosto de 2011, na mesma casa onde antes funcionava o Instituto Cidadania, ao qual sucedeu, e antes desse o IPET (Instituto de Estudos e Pesquisas dos Trabalhadores). A sede fica em um sobrado adquirido em 1991. Em 2010, ano indicado na planilha, o Instituto Lula não existia ainda. Tanto o Instituto Lula quanto o Instituto Cidadania não construíram nenhum prédio”.