
:: 17/maio/2016 . 21:15
Mais mortal que Dengue, Leishmanionse tem focos endêmicos na Bahia. Saiba onde buscar tratamento
Sua forma mais agressiva, conhecida como Calazar, quando atinge crianças menores de 3 anos, na maioria das vezes é fatal

A leishmaniose é uma das doenças endêmicas e infecto-contagiosas mais perigosas na Bahia. Existem dois tipos desta doença que mais se destacam no estado que são a a Leishmaniose Visceral (LV) e a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). A mais grave é a Visceral, mais conhecida como Calazar, que atinge as vísceras, como o fígado e o baço, podendo ocasionar aumento de volume abdominal. Esta patologia atinge mais as crianças, sendo que em casos de menores de 3 anos, a mortalidade é de quase 100%, sendo mais perigosa que a própria dengue. Na Bahia, em 2015, em levantamento da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), até novembro desse ano, foram 503 casos de leishmaniose visceral, ou calazar, e 1684 casos de leishmaniose tegumentar.
O Calazar é transmitido ao homem através da picada do inseto vetor (Lutzomyia longipalpis) conhecido popularmente como “mosquito-palha”. Esse tipo de inseto têm hábitos noturnos e vespertinos, atacando o homem e os animais principalmente durante o início da noite e ao amanhecer. Sendo que no caso de animais não existe tratamento e eles precisam ser sacrificados assim que adquirem a doença.
Nos seres humanos os sintomas mais frequentes são o seguintes: febre e aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez. Apesar de esses serem os sintomas mais comuns, a confirmação da patologia só pode ser feita com exame laboratorial.
A pediatra, Valdete Pimentel fala sobre a doença. “É uma doença que é transmitida pelo mosquito-palha e o tratamento é muito difícil, principalmente a leishmaniose visceral, chamada de calazar. Os sintomas mais comuns são palidez cutânea, fraqueza, anorexia e febre alta de longa duração. Nas crianças o calazar é bem mais grave, pois além destes sintomas existe o aumento do fígado e do baço. No caso do baço, fica muito palpável no exame físico, já que ele fica bem aumentado e acaba tomando a forma de uma ferradura.”, disse a médica.
Nos animais, a doença atinge os gatos, mas principalmente os cães. Os sintomas mais frequentes são a queda no pelo em volta dos olhos, ferimentos nas pontas das orelhas, apatia, crescimento fora do comum das unhas e grande perda de no peso.
O tratamento da doença deve ser realizado no hospital. Primeiro porque o paciente tem que ficar isolado e segundo que medicação usada no tratamento é venosa. Trata-se do antimoniato de N-metil glucamina (Glucantime®). Além disso, o enfermo tem que ter repouso e alimentação adequada durante este processo. O SUS disponibiliza o tratamento específico e gratuito para a doença em seus hospitais.
“O tratamento do calazar é hospitalar. Primeiramente, ele é realizado com o Glucantime, intra-venoso, durante 30 dias. Como muitos acabam por não responder a esta doença, mantendo os mesmos sintomas, muitas vezes é necessário a adição da anfotericina B para auxiliar na melhora do paciente. Deve-se ter cuidado especial com as crianças menores de 3 anos, pois no caso delas, o tratamento é ainda mais complicado, pois a defesa delas ainda é frágil e, por causa disso, entre 80% e 90% dos casos, acabam em óbito”, completou Dra.Valdete Pimentel.
Confira os hospitais que possuem o tratamento para a doença. :: LEIA MAIS »
Brasileiros testam remédio contra dengue, zika e chikungunya
Um grupo de pesquisadores brasileiros afirma ter descoberto um medicamento antiviral capaz de combater dengue, zika e chikungunya. A fórmula, composta por três substâncias já conhecidas e presentes em alimentos, vitaminas e remédios com diferentes funções, contém quercetina, um componente encontrado em frutas e verduras, além de um anti-histamínico (antialérgico). O terceiro componente antiviral permanece sob sigilo. Para os estudos de fase 1 e 2, que avaliam segurança e toxicidade da formulação, o grupo vai solicitar isenção à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dada a natureza já conhecida dos componentes.
Agora, os cientistas buscam um laboratório farmacêutico para a última etapa da pesquisa, na qual o produto será testado em 300 pessoas. — A patente da fórmula foi registrada em setembro no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). São substâncias já conhecidas na literatura médica e registradas na Anvisa, para outras finalidades e separadamente. A quercetina já é usada, mas em concentrações baixas, em alimentos, vitaminas e medicações. Mudando a concentração, altera-se a indicação — explica o farmacêutico Milton Ferreira Filho, pesquisador da Fiocruz e especialista em farmacocinética e planejamento de novos fármacos.
O grupo independente, formado por farmacêuticos, químicos, biólogo e médico, chegou à formula analisando estudos já publicados. A fórmula, nomeada de D6501, atua em diferentes frentes, inibindo a replicação do vírus nas células e estimulando as defesas do organismo. Já o componente anti-histamínico atuaria comprimindo os vasos sanguíneos, evitando quadros hemorrágicos. Nas negociações com a indústria farmacêutica, o grupo de pesquisadores tenta garantir que o antiviral chegue ao mercado com um preço acessível. O custo estimado da fase 3 da pesquisa é R$ 1,5 milhão. Essa etapa duraria seis meses. A partir daí, a indústria pode entrar com pedido de aprovação na Anvisa. O grupo de pesquisadores: Milton Ferreira Filho – farmacêutico, especialista em farmacocinética e planejamento de novos fármacos, com 13 depósitos de patentes.
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Poste cai com funcionário da Coelba em cima de veículo
Na manha desta terça-feira, 17 de maio, um poste de uma rede elétrica caiu com um funcionário da Coelba, no município de Mundo Novo, localizado no Centro Norte da Bahia.
O acidente aconteceu no distrito de Alto Bonito, por volta das 10 horas da manhã. O poste caiu em cima do veículo da empresa, no momento em que realizava serviços.
Por sorte, o funcionário da empresa não recebeu choque elétrico. De acordo com informações de moradores da localidade, ele sofreu apenas pequenas escoriações. Fonte: Blog Agmar Rios
Mãe é acusada de queimar corpo da filha de seis anos com garfo
Uma mulher está sendo acusada de agredir a própria filha, de apenas seis anos, em Itabuna. A criança apareceu com marcas de queimadura no corpo. A acusada, cujo nome ainda não foi divulgado pela polícia, foi denunciada pela cunhada, Joselane Costa. A vítima teria contado para a tia que a mãe esquentou um garfo no fogão e a marcou nas costas e em uma das pernas com o que seria a letra inicial do apelido da suspeita – “Neca”.
Joselane, que tem a guarda da menina. No entanto, na sexta (13), a cunhada pegou a filha para passar o final de semana. No domingo (15), quando a garota voltou para casa, já apresentava a agressão. A queixa foi prestada por Joselane no mesmo dia, no Complexo Policial. “Três filhos dela morreram no incêndio, dentro de uma barraca trancada no lixão. A mãe estava em outro barraco com outro rapaz”, disse a mulher em entrevista ao G1.
Joselane disse, ainda, que apenas a menina sobreviveu e que cuida dela desde a tragédia com os sobrinhos. A criança, segundo a tia, chegou a ficar internada com desnutrição e pneumonia. Ao G1, a delegada Roberta Alban informou que aguarda a formalização de uma queixa na Delegacia da Mulher (Deam) para só, então, começar as investigações. Até o fechamento dessa matéria, a acusada não tinha sido presa.