terrorismo-550x320Autor das menagens orienta os seguidores a utilizar as favelas do Rio, onde a criminalidade é disseminada, e a usarem a fronteira com Paraguai para levar armas para o Brasil

O Estado Islâmico e outros grupos jihadistas utilizaram a internet para ensinar seguidores realizar ataques terroristas de forma solitária durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Entre os métodos sugeridos, estão o uso de drones com pequenos explosivos, acidentes de trânsito, uso de venenos e de medicamentos. Os alvos apontados são as delegações e visitantes dos EUA, Inglaterra, França e Israel.

O SITE Intelligence, consultoria especializada na atuação de grupos extremistas na internet, foi quem identificou a defesa dos ataques. As sugestões foram dadas em inglês através de mensagens no aplicativo Telegram, estimulando assim a ação de “lobos solitários”.

O primeiro canal para disseminação de propaganda jihadista foi criado em junho no Telegram pelo Estado Islâmico. Ele foi criado em português, voltado para o público brasileiro. Daí em diante, os seguidores do grupo passaram a disseminar a incitação de atos terroristas por um grupo que se intitula “Ansar al-Khilafah Brazil”.

O autor das menagens orienta os seguidores a utilizar as favelas do Rio, onde a criminalidade é disseminada, e a usarem a fronteira com o Paraguai para levar armas para o Brasil. O post diz ainda que vistos, entradas e viagens para o Brasil são fáceis de se conseguir, segundo o SITE. Manuais para realização dos atentados são distribuídos através do Telegram.

Segundo o SITE, o governo brasileiro não deve descartar nenhuma ameaça e sugere ainda que se estude a ação online do Estado Islâmico e de outros grupos jihadistas voltados para públicos que não falam português: “O terrorismo moderno é um novo fenômeno para o qual as mídias sociais desempenham um papel perigoso, com chamadas para ataques que alcançam usuários ao redor de todo o mundo”, completou a análise. “Os ataques terroristas nos últimos dois anos mostram que nenhum país do mundo está imune à ameaça do EI e de jihadistas radicais.”