Marcos-e-Suzana-MionDados alarmantes divulgados pelo Observatório de Oncologia informam que em 2029 a patologia será a principal causa de morte no país

Marcos Mion utilizou as redes sociais para justificar seu “sumiço” da mídia e eventos sociais. O apresentador do programa ‘Legendários’, da Rede Record, utilizou o Facebook na tarde de sábado (20) para relatar o drama familiar pelo qual passou durante a luta de sua esposa, Suzana Gullo, contra o câncer de mama.

“Assim como milhares e milhares de mulheres, minha esposa Suzana, teve um diagnóstico de câncer de mama ao qual, com a orientação de grandes médicos, conseguimos agir rápido e VENCEMOS”, escreveu Mion.

No entanto, explicar o “sumiço” e fazer uma comemoração por ter vencido a adversidade não foi o foco da publicação. Como e ele mesmo explicou a intenção foi de “alertar e conscientizar o maior número de mulheres possível, pois aprendemos duramente que o câncer é uma realidade que não distingue nada, nem ninguém. E está mais próximo do que a maioria pode querer”. Veja relato completo:


Câncer: principal causa de morte em 2029

O alerta de Marcos Mion é válido. Sua esposa, Suzana, venceu a patologia por conta de prevenção e diagnóstico prévio. Como ela mesma relatou sua “relação com a amiga quimioterapia” chegou a fim. E de forma feliz. No entanto, esta é uma realidade distante da estimativa prevista pelo Observatório de Oncologia – criado movimento Todos Juntos Contra o Câncer e liderado pela Associação Brasileira de Leucemia e Linfoma (Abrale).

Em 2029, o câncer será a principal causa de morte no Brasil superando as doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Atualmente, segundo pesquisa do Datasus, cerca de 542 mil pessoas no país morrem a cada ano. Cerca de 106,3 mortes a cada 100 mil habitantes é causada por tumores. No ano citado, esse número será de 115, quantos os cardiovasculares ficarão com 113 mortes a cada 100 mil habitantes.

“Todo esse cenário pode mudar se as políticas públicas forem eficientes. Desde 2014, por exemplo, temos a vacinação de meninas contra o HPV, o que previne o câncer de colo de útero. Se isso for implementado com sucesso, as mortes por esse tipo de tumor vão cair em todo o País”, afirmou Hellen Matarazzo, gerente de ensino e pesquisa da Abrale, em entrevista ao jornal ‘O Estado de São Paulo’.