Vacinação em hospital em Tel Aviv, Israel. 03/01/2022

Pesquisadores da Universidade Bar-Ilan em Safed, Israel, relataram nesta segunda-feira, 31, que as pessoas que tiveram Covid-19 e tomaram a vacina da Pfizer/BioNTech eram menos propensas a desenvolver a Covid longa do que as não vacinadas. “Aí está outra razão para se vacinar”, diz Michael Edelstein, epidemiologista da Universidade Bar-Ilan e coautor do estudo, que ainda não foi revisado por pares.

Os indivíduos que desenvolvem a Covid longa costumam apresentar sintomas persistentes como fadiga, falta de ar e dificuldade de concentração durante semanas, meses ou anos, após a infecção pelo SARS-CoV-2. Especialistas estimam que até 30% das pessoas infectadas, incluindo as que não foram hospitalizadas, apresentam essa condição. “A Covid longa é uma doença terrível e debilitante. Quaisquer medidas que possamos tomar para evitá-la são fundamentais para limitar mais sofrimento no futuro”, afirma Akiko Iwasaki, imunologista viral da Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos. “Mais um motivo para se vacinar”, reitera.

Segundo os pesquisadores, a vacinação reduz a longa incidência da Covid-19. Teoricamente, as injeções também protegem contra essa forma da doença, já que minimizam o tempo de circulação do vírus no organismo durante as infecções avançadas. Mas até agora, os poucos estudos que analisaram a proteção das vacinas para a Covid longa apresentaram resultados mistos.

RK