Ilustração de pulmões humanos. Foto: Freepik.com

Um novo projeto pioneiro mostrou que pode ser possível criar órgãos “universais” para serem usados em transplantes e aceitos por pacientes de qualquer tipo sanguíneo. A novidade foi publicada na revista científica Medicina Translacional da Ciência.

 A pesquisa ainda está em seus primeiros dias e é considerada apenas um estudo de prova de conceito, mas pode abrir caminho para uma revolução nos transplantes, diminuindo as listas de espera por órgãos vitais, como rins, pulmões e corações.

Cientistas da University Health Network no Canadá conseguiram fazer com que um pulmão de um doador com tipo sanguíneo A se transformasse em um órgão do tipo sanguíneo O, considerado universal. Encontrar um doador com sangue compatível é um dos maiores problemas enfrentados por pacientes que estão na fila de um transplante. Isso porque os sangues possuem antígenos (A, B ou AB). Os antígenos podem desencadear uma resposta imune se forem estranhos ao nosso corpo (se nosso sangue do receptor não tiver o mesmo do doador).

O único sangue que não tem antígeno é o O. Por isso, ele é considerado doador universal. Se um paciente com sangue tipo A recebe um órgão de um tipo B, por exemplo, há uma chance muito maior de que o transplante seja rejeitado.

O estudo analisou dois conjuntos de pulmões de pacientes do tipo A. Um foi tratado com enzimas que eliminam antígenos da superfície do órgão, enquanto o outro foi usado como controle.

RK