Pesquisa com 25,8 mil participantes, publicada no periódico The New England Journal of Medicine, analisou impacto do suplemento para prevenção de fraturas

Utilizar suplementos com vitamina D está entre os hábitos de alguns idosos que querem prevenir fraturas. Nos Estados Unidos, por exemplo, a estimativa é de que um terço das pessoas com mais de 60 anos realizam a suplementação. Mas um estudo com 25,8 mil participantes, publicado no periódico The New England Journal of Medicine, apontou que o uso da vitamina não resultou em efeitos significativos.

No estudo, os participantes foram acompanhados por um período médio de 5,3 anos. Os dados de pessoas que tomavam suplementos de vitamina D foram comparados com o grupo placebo e os pesquisadores constataram que não houve impacto no total de fraturas. Entre os 12.927 idosos que faziam a suplementação, 769 tiveram fraturas. No grupo placebo, com 12.944 voluntários, foram 782.

“Não houve modificação do efeito do tratamento de acordo com as características basais, incluindo idade, sexo, raça ou grupo étnico, índice de massa corporal ou níveis séricos de 25-hidroxivitamina D”, informaram os cientistas.

A pesquisa é um estudo auxiliar de um levantamento robusto sobre o tema chamado Vital, que analisou os impactos para a saúde cardiovascular e para o câncer da suplementação com vitamina D e ômega 3. Em editorial, intitulado “Descobertas vitais – um veredicto decisivo sobre a suplementação de vitamina D”, o periódico científico diz que os resultados “mostram que os suplementos vitamínicos não têm benefícios importantes para a saúde na população geral de idosos”.