:: ‘Educação’
ESCOLAS MUNICIPAIS DISPENSAM ALUNOS POR FALTA DE MERENDA
Alunos do Jandiroba deixando a escola às 9:30h, por falta de merenda escolar. Foto Sudoeste Hoje
ITAPETINGA: Com o ano letivo em pleno andamento, as escolas municipais de Itapetinga continuam capengando e dispensando seus alunos no meio dos períodos, por falta de merenda escolar.
Por volta das 9:30h da manhã desta segunda-feira (10), nossa reportagem fotografou uma legião de alunos do Colégio Jandiroba, deixando a escola com destino às suas residências. Indagados, todos foram unânimes em afirmar que haviam sido dispensados pela direção da escola, porque não havia merenda escolar, o que está também ocorrendo em outras unidades escolares do município.
Outro problema grave, que também vem sendo denunciado através da imprensa, é o sucateamento de diversas escolas do município, como o Colégio Municipal Maria Amélia, que cai aos pedaços e falta até carteiras para os alunos.
Na zona rural, as aulas ainda não recomeçaram, por falta de carteiras, merenda e transporte escolar.
A situação das escolas municipais é vergonhosa e injustificável, demonstrando a incompetência e o descaso da nova Secretária de Educação, a inexperiente Sibele Nery, que montou uma equipe fraquíssima e não consegue, sequer, dar continuidade ao trabalho de sua antecessora, que também fazia uma gestão complicada. Uma verdadeira aula de incapacidade e despreparo em gestão pública.
Quanto aos recursos federais para a educação, continuam caindo na conta da prefeitura, religiosamente, mas falta competência e seriedade na sua administração.
Por Davi Ferraz
Denuncia: Até hoje nada foi feito na escola Maria Amélia
Nesta quarta-feira (05), por volta de 07:30hs uma ouvinte do Jornal da Cidade, apresentado por Tarugão e Roberto Kleber, que vai ao ar de segunda à sexta de 07: às 08:00 da manhã na Rádio Cidade Fm 94,3 entrou no ar, ao vivo por telefone e fez graves denuncias, sobre a Escola Maria Amélia.
A Escoca Maria Amélia, fica entre os bairros, Agarradinho e Ecosane próximo ao campo da nova, o Manuelito Silva Alves (Mandiocão).
A ouvinte que não se identificou, foi bastante franca e serena, falou sobre as condições precárias que a escola se encontra e a falta de respeito para com os alunos. Os quais tem que estudar em uma escola que não oferece as mínimas condições, de conforte e segurança.
” Bom dia! Estou ligando para denunciar a Escola Maria Amélia, pois na volta as aulas a escola não tem a mínima condição de funcionamento, tá uma matagal só, várias paredes rachadas, os banheiros estão todos em péssimas condições e o banheiro das maninas não tem porta, na parte interna e nem tem trinco na porta de entrada. Minha filha estuda lá e quando as meninas vão ao banheiro, os meninos ficam bisbilhotando, já foi falado com a direção da escola desde o ano passado e até hoje, não se resolveu nada. Gostaria que vcs dessem um pulo lá para verificar o que estou falando, finalizou”
A nossa equipe de reportagem, esteve no local e constatou tudo o que a “ouvinte” tinha denunciado e muito mais.
A situação do banheiro masculino: está sem os dois mictórios, porta de entrada sem fechaduras e não tem porta onde tem sanitários.
A situação do banheiro feminino: não tem fechadura, a porta está “estourada”, vitrô quebrado e não existe portas na parte interna.
Várias paredes estão rachadas, com muitas infiltrações, reforma da quadra que não foi concluída, cadeiras de bar na sala de aula, a maior parte das cadeiras de aula são antigas, muitas cadeiras quebradas e abandono total.
Parece que não tem diretor, as crianças correm risco de morte e se não tomar as providências cabíveis o mais rápido possível, poderemos ter uma tragédia.
A administração do prefeito José Carlos Moura, só tem destruído o patrimônio do município. A última matéria onde foi mostrada a realidade da lavandaria Dona Preta, a qual tá totalmente acabada, nos dá uma noção da realidade de Itapetinga.
Para acabar de piorar, os alunos estão estudando só até às 09:30hs, por que não estão servindo merenda. Será que falta dinheiro para merenda?
A lanchonete localizada na rodoviária do município,onde o proprietário é muito amigo do prefeito José Carlos Moura, sempre vem ganhando as licitações.
Por Eliomar Barreira
A que ponto nós chegamos, Sibele Nery? Itapetinga retrocede e alunos estudam sentados em cadeiras brancas de bar
Itapetinga está em retrocesso, gerida uma péssima administração, as coisas continuam indo do ruim ao pior, alunos de escolas municipais estão tendo que sentar até mesmo em cadeiras de bar. “Essa é uma falta de respeito, principalmente com nossos adolescentes, que exemplo nossas autoridades estão dando?” desabafou uma professora.
Fonte: Tribuna de Itapetinga
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Apenas seis faculdades baianas têm aprovação maior que 50% no 11º Exame da OAB
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Pai do céu: Alunos de escola municipal em Itapetinga iniciam ano letivo estudando em pé por falta de cadeiras
Uma denuncia gravíssima chegou a nossa redação nesta terça-feira (04), segundo pais de alunos da 8ª serie da Escola Municipal Noralice Gusmão, seus filhos iniciaram o ano letivo assistindo aulas em pé e, o motivo seria falta de cadeiras na sala. Segundo a mãe de um aluno, a diretora da escola chegou a procurar a prefeitura mas, o problema não foi resolvido, sendo necessário então a diretora pedir cadeiras emprestadas ao Colégio Modelo. Dona Sibely secretária de Educação deve uma explicação aos pais destes alunos.
APLB se manifesta:
Segundo o coordenador do sindicato e vereador Renan Coelho existe uma carência de 200 carteiras para iniciar o ano letivo no Colégio antes chamado de Noralice. Segundo ele outras escolas estão cobertas de mato nas áreas de recreação e também faltando carteiras.
COBRIR UM SANTO E DESVESTIR OUTRO
Parte das cadeiras veio por empréstimo da Escola Manoel Novais. O problema da falta de assentos vai continuar existindo na rede municipal. Outro dado é que os professores iniciaram o período letivo sem receber o pagamento de 1/3 de férias, geralmente pago no mês de Dezembro.
Como explicar as notícias do dia a dia para as crianças
Manifestações, rolezinhos, beijo gay: quando os filhos podem ter acesso a tais conteúdos e como deve ser a postura dos pais em relação ao que acontece no Brasil e no mundo?
Não existe dia tranquilo no noticiário, seja ele sobre acontecimentos locais, nacionais ou internacionais. Sempre haverá temas complexos ou polêmicos no cardápio, como manifestações ou protestos espalhados pelo Brasil, violência pelas cidades e, mais recentemente, beijo gay em novela do horário nobre. E se as coisas estiverem mais ou menos sossegadas, uma novidade como os rolezinhos de jovens pelos shoppings sempre pode surgir para criar dúvidas e questionamentos sociais e de segurança. Tudo, é claro, acompanhado de imagens impactantes.
Diante de tanta informação técnica e visual, até que ponto os pais devem se preocupar com o que os filhos veem ou leem? E a partir de quando podem começar a liberar o acesso das crianças ao noticiário? “As pequenas devem ser preservadas ao máximo, especialmente dos jornais televisivos de perfil mais violento, porque não têm parâmetros e ferramentas para compreender e absorver tudo isso”, diz a pedagoga Elizabete Duarte, coordenadora do Colégio Nossa Senhora do Morumbi.
Ela indica a proximidade da pré-adolescência como uma boa época para permitir que as notícias façam parte do dia a dia dos filhos: “Por volta dos nove ou dez anos de idade é que eles já têm alguma vivência e podem entender uma explicação dos pais sobre os assuntos. É uma idade boa até porque em poucos anos esses indivíduos serão adultos, cidadãos com autonomia que poderão ver e viver o que quiserem”.
Mesmo com essa bagagem inicial, é importante não deixar a criança e o pré-adolescente desacompanhados durante os noticiários. “Eles não têm capacidade de entender tudo sozinhos e podem se assustar com reportagens de violência, assaltos e mortes. É bom haver adultos responsáveis por perto para explicar que sim, isso acontece, mas eles estão amparados pela família”, explica Karin Kenzler, psicóloga escolar do Colégio Humboldt.
E se escapar?
Por mais atenciosos que sejam os pais ou os responsáveis, é impossível controlar o tempo todo tudo a que a criança tem acesso – seja na TV, na internet, em um jornal ou em uma revista –, e ela pode acabar vendo, sozinha, notícias para as quais não esteja preparada. Consequentemente, surgirão perguntas sobre o que foi visto ou lido. O que fazer em uma situação dessa?
“Os adultos devem traduzir aquilo para uma linguagem que a criança entenda. Não precisa ser infantilizado no linguajar, mas falar no nível de compreensão dela. Meu conselho é: não minta e responda exatamente o que ela perguntar. Se ela continuar com dúvida, vai continuar perguntando. Se parar, é porque a resposta foi suficiente”, orienta Juliana Ferrara, também psicóloga escolar do Colégio Humboldt. Elizabete concorda: “Não vá além. Satisfaça as questões que aparecerem e pronto”.
Aconteceu na casa de Vanessa Del Bel. Mãe de Breno, de 10 anos, a psicóloga notou, alguns anos atrás, que o menino de repente ficou com medo de viajar de carro. “No começo ele não explicava o que estava acontecendo, e fiquei preocupada, naturalmente. Levou um tempo até ele revelar que tinha receio porque aconteciam muitas tragédias nas estradas. Comecei a investigar de onde tinha vindo aquilo e descobri que a funcionária de casa assistia a esses jornais violentos no final da tarde, e ele acabava vendo também, sem que eu estivesse junto para impedir ou acalmá-lo”, conta.
A solução foi conversar muito. “Até hoje ele ainda tem um medinho, mas passou aquele pânico. Claro que eu preferiria que isso não tivesse acontecido, mas não dá para esconder o mundo do filho, fingir que nada está acontecendo. Se ele não aprender em casa, onde vai aprender?”, questiona.
Instrumento de educação
Com os devidos cuidados tomados, o noticiário pode ser aproveitado como um auxílio para a educação. “Uma notícia pode deixar pais e filhos mais à vontade para falar sobre um assunto, seja ele política ou sexo. Uma reportagem sobre a cracolândia [região do centro de São Paulo em que dependentes de crack vivem improvisadamente e consomem a droga], por exemplo, é uma boa oportunidade para conversar sobre drogas sem que o filho se sinta pressionado ou acusado, principalmente se ele já for adolescente”, afirma Karin.
Vanessa aproveita toda brecha nesse sentido. “Espero o Breno manifestar interesse, mas às vezes não resisto e puxo assunto sobre algo em que ele esteja prestando muita atenção. Assim já percebi que ele fica triste com as guerras, por exemplo. Mais de uma vez ele falou para mim: ‘Mãe, por que as pessoas não dialogam? Guerra não é o melhor jeito de resolver um problema!’. Se não fossem as notícias, não sei se ele falaria isso desse jeito”, pondera.
“Explicar uma notícia para uma criança estimula o pensar, o desenvolvimento da cidadania e da visão sobre as diferenças do mundo”, defende Elizabete. Mas nada de tentar forçar seu filho a acompanhar o noticiário para conquistar esse progresso na marra, como destaca Juliana: “Isso vai se manifestando de acordo com o amadurecimento de cada um. Colocar uma criança para assistir ao jornal da noite não vai garantir que ela tenha interesse por aquilo que está sendo mostrado”.
A mudança da adolescência em diante
Com a chegada da adolescência, os filhos tendem a abordar as notícias com os pais mais no sentido de debater do que de pedir explicações, e os adultos têm que acompanhar essa mudança.
“Não existe uma idade limite. Enquanto eles trouxerem questionamentos, devem receber respostas”, diz Elizabete. “Mas chega um momento em que eles vêm com opiniões, visões. Os adolescentes têm muito mais interesse pelo noticiário, as ideias deles afloram. A conversa fica revigorada e mais profunda. São diálogos mais complexos e que valem muito a pena”, finaliza.