Os Correios anunciaram nesta última terça-feira (15), que estão no aguardo da decisão judicial sobre a greve para normalização das atividades operacionais. De acordo com a nota divulgada pela empresa, negociações estavam sendo feitas desde julho e buscam preservar o âmbito financeiro da estatal com cortes de privilégios e “adequação à realidade do país”.

O julgamento da ação de dissídio coletivo está marcado para a próxima segunda-feira, 21. Os profissionais estão paralisados desde 17 de agosto, mas parte do contingente funcional está trabalhando e nas últimas quatro semanas foram registrados mais de 187 milhões de catas e encomendas entregues em todo o Brasil.

Em comunicado, os Correios afirmam que os termos exigidos pelos funcionários para a retomada regular das atividades põem em risco a economia que vinha sendo aplicada. A empresa registra prejuízo acumulado de R$ 2,4 bilhões e esperava economizar cerca de R$ 800 milhões ao ano. Segundo a estatal, esse valor, em três anos, cobriria o déficit financeiro atual.

“É evidente, portanto, que não há margem para propostas incompatíveis com a situação econômica atual da instituição e do país, o que exclui de qualquer negociação a possibilidade de conceder reajustes”, registra a nota.

A empresa lamenta ainda o contexto da pandemia, e afirma que a explosão do e-commerce – o comércio eletrônico, que depende exclusivamente do serviço de transporte e logística para a entrega de mercadorias, – seria uma forma de “alavancar o negócio em um dos poucos setores com capacidade para crescer neste período.

AF