Fuzis, metralhadoras, pistolas, coletes à prova de balas e até granadas formam um verdadeiro arsenal do crime que seria usado na chamada ‘Guerra do Tráfico’, protagonizada por facções que tentam dominar a Bahia. Segundo os dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, só em 2024, as forças de segurança apreenderam mais de 3.600 armas de fogo, sendo 51 fuzis.
Esse número é 19,82% maior do que no mesmo período do ano passado.  Apesar de não haver nenhum estudo específico divulgado, a Polícia Civil estima que o tráfico de drogas seja responsável por cerca de 65% das mortes violentas no estado, seja direta ou indiretamente. Mas como esse armamento pesado chega até as organizações criminosas?

Em entrevista exclusiva, o coordenador da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado – FICCO/ BA – Eduardo Badaró, explicou como funciona a dinâmica das facções e alianças em busca de fortalecimento bélico para a conquista de território.

De acordo com o delegado da Polícia Federal, a principal “fornecedora” de armas para o estado é o Rio de Janeiro, onde duas facções, que exercem influência no crime organizado da Bahia, atuam. A principal delas é o Comando Vermelho (CV), que, por meio de um ‘casamento’ com um antigo grupo baiano (Comando da Paz), se estabeleceu de vez na Bahia.

Outra origem conhecida pelas forças policiais é o estado de São Paulo, onde o Primeiro Comando da Capital (PCC), aliada ao Bonde do Maluco (BDM) em suas ‘altas patentes’, tem como área de atuação. ( A Tarde )

RK