:: out/2016
Operação da PF investiga governador da Bahia, ex-ministros das Cidades e OAS
Agentes da Polícia Federal cumpriram mandados da Operação Hidra de Lerna na sede estadual do PT em Salvador, nas empresas de publicidade Propeg e na construtora OAS, também investigada na Lava Jato. Entre os investigados da operação está o governador da Bahia, Rui Costa (PT), suspeito de ter recebido financiamento ilegal na campanha que disputou para o cargo em 2014. Outro investigado é o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP) – atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia, cuja residência também foi alvo de buscas da PF, no bairro Itaigara.
O ex-ministro das Cidades, Márcio Fortes, também é investigado, no Rio de Janeiro. Atualmente, ele trabalha na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A Operação Hidra de Lerna foi deflagrada em Brasília, Salvador e no Rio de Janeiro. Ao todo, são 16 mandados de busca e apreensão, deferidos pela ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido ao foro privilegiado de alguns investigados. A Polícia Federal não divulgou quantos mandados são cumpridos em cada cidade.
O operação investiga um grupo criminoso suspeito de prática de financiamento ilegal de campanhas e fraudes em licitações e contratos do Ministério das Cidades. Segundo a PF, a construtora OAS contratava empresas do ramo de comunicação, como a Propeg, para elaborar campanhas para o ramo da construção civil. No entanto, as empresas faziam campanhas para partidos políticos. Outra linha de investigação apura fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.
De acordo com a PF, o nome da operação Hidra de Lerna é uma referência à figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada, ressurgiu com duas cabeças. A investigação é fruto de três colaborações da Operação Acrônimo, e exige a abertura de dois inquéritos, pelo STJ.
Defesa
Com os dois candidatos a prefeito impugnados, Santa Cruz da Vitória pode ter novas eleições
Ao contrário do que muitos estavam pensando, Itabuna não é única cidade do interior da Bahia que está sem prefeito definido. A pequena população de Santa Cruz da Vitória também corre o risco de voltar às urnas para escolher um novo prefeito. É que os dois únicos candidatos que concorreram à prefeitura estão indeferidos, com base na Lei da Ficha Limpa. Portanto, os votos não foram considerados válidos no pleito de domingo (02).
Carlos André (PTC), o mais votado, teve a candidatura impugnada após as contas dele serem rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia, em 2008. Na época, ele era prefeito da cidade. Quanto a Geazi Alex (PP), que ficou em segundo lugar, não respeitou o prazo de desincompatibilização de cargo público. Segundo a Justiça Eleitoral, ele teria se desvincular do cargo de secretário de finanças da prefeitura de Santa Cruz da Vitória, antes da eleição e não o fez.
Carlos e Geasi estão aguardando a decisão dos recursos |