“Acho que não tenho mais nada pra falar com ela. Minha história com a Suzane acabou no dia 31 de outubro de 2002 [data do assassinato dos casal von Richthofen]. Agora, ela é vítima de si mesma. Antes, tinha muita mágoa, raiva e tudo mais. No entanto, percebi que minha vida não andava para frente enquanto alimentava esses sentimentos negativos no coração. Sendo assim, se a encontrasse na rua, falaria ‘boa sorte na sua caminhada’. E mudaria de calçada”, comentou em entrevista exclusiva ao jornalista Ulisses Campbell, autor do livro “Suzane, assassina e manipuladora”.

Na época do crime, Daniel tinha 21 anos e trabalhava como aeromodelista em um parque da capital paulista. Foi lá inclusive que ele conheceu Suzane, já que dava aulas para o irmão dela, Andreas. Ele afirma que se pudesse voltar no tempo não se envolveria como a jovem, e que não convenceria o irmão Cristian a participar do crime.

“Não me deixaria levar pela manipulação. Mudaria todas as minhas atitudes […] A ideia foi dela [de matar os pais], mas não me eximo da responsabilidade. Uma pena foi a gente envolver o Cristian, que tentou melar o plano várias vezes”, comentou.

Atualmente trabalhando com motovelocidade, Daniel, que afirma ter sofrido com as aparições de Manfred e Marísia em seus pesadelos, agora diz que acredita que foi perdoado pelo o engenheiro e a psiquiatra. “Hoje, o casal Richthofen aparece no meu sonho sempre fazendo coisas boas para mim. Outro dia sonhei com o Manfred e a Marísia me perdoando e apoiando o meu recomeço”.