A exclusão social faz parte do cotidiano das famílias que vivem aglomeradas às margens do Rio Catolé, desassistidos pelo poder público vivem há anos sem o atendimento básico à saúde, saneamento, segurança e educação.
Há um mês a equipe de reportagem do Tribuna, esteve visitando o local para registrar a realidade dos moradores que denunciam o descaso e abandono por parte das autoridades. Mas, o que foi visto na tarde desta quinta-feira (28) foi a mesma situação. Nada foi feito para mudar a realidade dessas pessoas que querem viver apenas com dignidade.
Os moradores disseram que o governo e a Prefeitura de Itapetinga anunciaram a construção de casas populares para as famílias que esperam por mais de quatro anos por respostas. Mas, tudo não passa de promessas.
“Espero minha casa há quatro anos. Em época de chuva, tenho medo de perder meu barraco, tenho que colocar lona por cima para que a água não leve tudo que tenho”, disse Jaqueline, que conta ainda que já contraiu doenças. “Já peguei dengue e só não morri porque não foi a dengue hemorrágica”.
Outra moradora, dona Maria Castro, conta que tira sua renda do Bolsa Família para sustentar seus filhos. Ela diz ainda que espera viver com dignidade e sonha em ter sua casa própria.“Espero que as autoridades tomem providências e vejam que isso aqui não é lugar para ninguém, pois todos precisam de uma vida digna e também precisam ser tratados como seres humanos. Temos que batalhar muito para ter o pão de cada dia, para não ver nossos filhos chorando com fome”, reclamou dona Maria.
O Sr. Alfredo da Silva diz dividir o mesmo espaço destinado a lixo e animais, o que aumenta a concentração de insetos, ratos, levando doenças a todos da comunidade.“Tudo é muito difícil. Nós que não temos condições de morar em uma casa digna para sobreviver, somos obrigados a conviver com ratos, baratas e porcos. Não conseguimos dormir por conta do mau cheiro que é muito grande. Total descaso por parte das autoridades”, desabafou.
A denúncia foi novamente mostrada pelo Tribuna. Agora está nas mãos das autoridades competentes definir o futuro das famílias que vivem às margens do Rio Catolé no mais absoluto descaso. Colocamos apenas algumas imagens,mas,são varias famílias vivendo nesta situação